sábado, 6 de novembro de 2010

Três histórias de amor e poder

Assisti a três filmes que aparentemente não têm nada em comum. Foi uma coincidência tê-los visto tão próximo um do outro e, ter ainda, o processo eleitoral em andamento no Brasil.
Os filmes são:
  • A insustentável leveza do ser
  • O segredo dos seus olhos
  • A casa dos espíritos
São histórias de lugares e épocas diferentes. Porém, o cenário das três sagas revela a mão cruel do Estado traçando o rumo da vida dos indivíduos. O amor e o desejo de se realizar afetivamente parece ser universal. A perversidade no exercício do poder também.

Praga é o cenário do primeiro filme e a invasão da antiga Rússia destrói a vida e os sonhos do casal. No segundo filme temos a Argentina dos anos 70 em pleno regime ditatorial. Uma briga pessoal, entre dois funcionários da Justiça, tem repercussões inimagináveis quando um deles torna-se membro do governo e passa por cima de uma decisão judicial. O terceiro desnuda a crueldade do golpe militar no Chile.

São três filmes lindíssimos, histórias para carregar as baterias do coração. Mas, depois de assisti-los, fiquei mais atenta para alguns fatos. O Estado determina, sim, a forma como vivemos. Ele pode nos abrir perspectivas de realizações pessoais ou, com sutilela, adiá-las. Pode também, com a força bruta, eliminá-las.
Entendi, pela primeira vez na vida, que a escolha de um presidente indicava a opção por um jeito de viver para mim, minha família e meus amigos.

Parece romântico? Pode ser, mas foi a minha maneira de entender para me envolver.

Minha razão está sempre a mandado dos meus afetos. Preciso compreender para amar. Invejo as pessoas que amam incondicionalmente. Nunca me entreguei loucamente a nada. Meu entendimento vai à frente, é o abre alas, depois paquero, namoro e peço a mão antes de casar. Aí sou fiel. Por muito tempo. Amo em cada canto do meu corpo e da minha alma.

Ainda estou em busca de conforto no cenário político do meu país, que tanto amo. Com todos os seus problemas eu o amo e procuro honrá-lo sendo uma cidadã descente.

Fui vencida mas não estou derrotada! Aguardo a manhã em que acordarei mais animada para o civismo. Entretanto, não sou partidária do quanto pior, melhor. Continuarei fazendo a minha parte na História.

Até amanhã!

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