terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dois caminhos diferentes para emagrecer

Hoje encontrei duas amigas que atingiram metas de emagrecimento surpreendentes. Elas escolheram caminhos muito diferentes. Mas ambas estão muito bem.
A primeira fez a cirurgia bariátrica e, aos poucos está fazendo plásticas para retirar o excesso de pele. Mudou completamente seu estilo de vida, faz pilates, acredita ter feito a melhor opção de sua vida. Emagreceu 40 kg e está há mais de dois anos mantendo o peso. Não a conhecia antes de operar, mas ela relata o sofrimento de ter passado por toda a adolescência e juventude obesa. Carregou todos os estigmas em uma idade em que o sofrimento fica muito maior.
A segunda tem 30 anos, estava com mais de 120Kg, tem o agravante de trabalhar de pé muitas horas por dia. Há um ano e meio começou a fazer dieta, pilates e caminhada. Emagreceu 45kg ao longo desse tempo. Há 3 meses não a via. Hoje fiquei encantada. Está super jovial, em nada se parece com a mulher que conheci há 5 anos.
Achei interessante a coincidência de encontrar as duas no mesmo dia, após muito tempo sem nenhum contato. Parecia um chamado. Elas são porta vozes da esperança.
Uma pessoa que realiza uma boa obra deixa um rastro bom. Olhamos para ela e pensamos, se ela pode, eu também posso.
Até

A comunidade está maior

Hoje, pela manhã, temos aqui no blog leitores de mais dois países!
Esse espaço é como uma carta perfumada que segue um destino deixando um pouquinho do seu conteúdo pelo caminho.
Até

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Aqui tem gente de sete países!

Hoje, fiquei muito feliz por encontrar aqui leitores de sete países diferentes: Brasil, Estados Unidos, Holanda, Canadá, Rússia, Taiwan e Itália. É muito agradável ter a certeza que o mundo é pequeno, somos todos vizinhos e o que fazemos em qualquer canto do planeta pode afetar positiva ou negativamente o outro lado.

Todos os meses vou a São Paulo, pelo menos uma vez, comprar produtos para minhas lojas. Adoro caminhar pelo bairro do Bom Retiro. Numa mesma calçada seguimos juntos com judeus, mulçumanos de diversos países, coreanos, japoneses, cada vez mais bolivianos e todos nós brasileiros tão diferentes nos costumes e aparência. De uma esquina à outra encontramos sinagoga, mesquita, igreja católica e templos evangélicos. Há uma convivência respeitosa entre todos. Adoro sentar para um café, no intervalo entre uma compra e outra, e contemplar essa paisagem humana.

Não entendo quem diz gostar mais de bichos do que de gente. Trato bem os bichos, mas amo profundamente as pessoas. Aceito de boa vontade os revezes de toda convivência. Gente tem inveja, picardia, disputa e, por isso, todo relacionamento pode abrigar conflito. Na reconstrução de um novo entendimento, desenvolvemos a tolerância, aprofundamos o amor, perdoamos, enfim, entendemos que todos têm limites. Acredito que esse é o famoso crescimento humano, que dizemos valorizar e esperamos dos outros.

Aceitar as diferenças é um princípio de vida, uma meta existencial. Então, fico honrada de ter aqui a presença de pessoas de origens tão diferentes.

Lembrei de um mico daqueles! Quando estive em Roma, com o Fernando, tive um momento divertido. Tomamos um vinho e depois de caminhar um pouco, sentamos diante da Fontana de Trevi. Como sempre, estava lotada. Tinha gente de todo mundo, eu ouvia as conversas em outras línguas como uma boa música. Me senti tão à vontade na diversidade e, com o efeito do vinho, fuso horário, tombei a cabeça, cochilei e ronquei, a ponto do sujeito que estava ao lado me cutucar. No meio daquela confusão, fiquei em casa.

Sinto esse conforto com gente, mesmo sabendo de traições, competições, agressões e mais um sem número de ões. Para tudo isso existe perdão e tolerância.

A única tolerância zero deve ser com a bandidagem. Parabéns à polícia e à população do Rio, estão fazendo o que devem para retirar das mãos dos narcotraficantes o controle da comunidade.

Hoje, preciso da minha e da tolerância dos leitores. Não fui à academia. Não darei essa boa notícia, conforme pretendia ontem.
Mas ainda chego lá! Se posso persistir na escrita, na reflexão e no propósito, no tempo certo farei o que devo para alcançar meu objetivo. Gente é assim. Falha e recomeça!

Até

domingo, 28 de novembro de 2010

Boas perguntas!

No post anterior falei do adiamento de uma ação importante para meu bem estar. Essa é uma dificuldade de fazer escolhas? Ou esse é o território onde não é possível fazer escolhas?
Lembrei de comentar "A Insustentável Leveza do Ser", que assisti e me propus a pensar e comentar mais tarde. Isso foi no post de 13 de outubro.
http://silviaesilvia.blogspot.com/2010/10/insustentavel-leveza-do-ser.html
Pois bem, vamos a um rapidíííííssimo comentário, na esperança de jogar um pouco de luz e ânimo para começar a agir.
Os personagens representam duas linhas filosóficas de pensamento bem divergentes. Tomas nos abre a perspectiva da leveza, da liberdade de escolher, da possibilidade de viver sem se submeter a convenções sociais. Ele circula pelo mundo com desprendimento, sem infringir regras e sem se cegar por elas.
Tereza nos mostra o ser que se repete. Muda de ambiente, de profissão, de companheiro. Mas, continua esperando coisas iguais, embora viva situações diferentes. Permanece descontente. Necessita das convenções e das formalidades, contrastando com a leveza de Tomas. Ela nos leva a suspeitar da possibilidade de fazer escolhas. embora ela se movimente, permanece ancorada nas mesmas referências que compõem sua bagagem emocional.
Vou dormir com esse barulho. Divido com vocês.

Começar é preciso

Tivemos um domingo típico de verão. Dia claro e quente, deu para nadar e ficar grande parte do tempo do lado de fora da casa. Há 15 dias não tínha essa sensação boa.
Movimentar foi muito bom. Uma esticada daqui, outra dali, braçadas e pernadas na água, me deram um bem estar físico delicioso. Estou me sentindo leve e descansada. Gosto da atividade física depois de realizada, dá para entender? Mas resisto bravamente a começar. Dar o primeiro passo é o meu grande dilema. Planejo começar e adio a ação, vou priorizando o trabalho, passo em frente a academia, às vezes duas vezes por dia, repetindo: na volta paro aí. Ao retornar, esqueço do meu propósito porque tenho que fazer outras coisas e mais um dia se passa sem eu começar.
É lógico que tenho consciência desse boicote promovido por mim. Renovo meu propósito de no outro dia iniciar. Porém, fica aquela descrença e me causa muito desconforto. Algo assim: "amanhã eu vou! mas será que vou mesmo?"
Quando criei o blog, fiquei com medo de não ter a persistência de continuar. Mas tirei de letra! Adoro parar, pensar e escrever. Consegui melhorar meu padrão de alimentação de forma bem natural, embora não esteja seguindo dieta. Mas, malhar? Nada.
Vem a inquietação: como pode? Por que consigo realizar atividades tão diferentes durante o dia e adio a atividade física? Mesmo sabendo da importância dela para eu emagrecer e sentir esse bem estar que agora experimento.
Termino com a esperança de amanhã começar. Quero, sinceramente dar essa boa notícia amanhã.
Até

Ter problemas é muito precioso!

Acabo de assistir "MAR ADENTRO" com Javier Barden. O bonitão de Comer, Rezar e Amar e o psicopata de cabelo indefinível de Onde os fracos não têm vez (Oscar de melhor ator 2009).
Quer amar a vida e todos os desafios que ela lhe proporciona? Assista também.
Ter problemas é uma sorte! É oportunidade de pensar, de experimentar, de buscar e de insistir. Enfrentá-los é privilégio de quem está vivo e consciente.
O tempo é o presente mais precioso que temos, usá-lo com sabedoria é a melhor forma de honrar quem nos ofereceu.
O filme trata da vida de um tetraplégico que luta pelo direito de morrer. A história é contada com tanta delicadeza que produz só encantamento, nenhuma tristeza. Ele é um homem cercado de amor e de amigos, é inteligente, sensível, bem-humorado, mas tem o desejo profundo da liberdade. Assim, viver sem a possibilidade de movimentar-se virou uma obrigação insuportável. Esperou por 28 anos, na cama, sem movimento de tronco, braços e pernas, por uma permissão judicial para tirar a própria vida. O final? Não conto, vale à pena assistir. Acho que você vai chorar lágrimas fininhas... Silenciosas... Então vai ter paixão por estar vivo e ser livre.
Não me atrevo a entrar no mérito jurídico ou filosófico da questão. Admirei os detalhes do roteiro e, no fim das contas, achei lindas as histórias de todos os personagens. A movimentação da câmeras me convidou a sentir o mundo na pele do Ramón, personagem privado da autonomia, da liberdade de ir e vir, da intimidade e, por fim, do direito sobre a própria vida. O Estado negou-lhe o direito de morrer sem incriminar um possível colaborador.
O assunto eutanásia poderia ficar batido, mas o diretor aborda com tanta fineza, que senti uma mistura de alegria e gratidão por viver. Aliás, acho uma caretice danada tentar encaixotar um filme dentro de uma categoria e de um tema. Coisa do tipo: um drama sobre a eutanásia. Isso é reducionismo puro.
Cada filme pode entrar nos cantinhos da alma e sensibilizar diferentemente um a um. No meu caso, fiz uma costura muito pessoal do filme com a minha obesidade. Ramón perde os seus movimentos em um acidente. Os meus estão sendo prejudicados pelo excesso de peso, algo que tenho a  capacidade de agir para mudar.
Estou aqui tentando.
Até mais!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PAUSA PARA TRABALHO

Estou viajando a trabalho e sem acesso ao blog. Passei para deixar um recadinho e avisar que amanhã estarei de volta.
Todos os meses passo 2 dias em Sampa para fazer compras para minha loja. O ritmo não permite uma parada para escrever.
Até amanhã!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Balanço geral

Escrevo regularmente há 70 dias. São 66 postagens, 1780 visualizações, 21 seguidores, de 6 países diferentes e 2 kg a menos.
São dias de grande paz e alegria. Carinho e apoio das minhas filhas, irmãs, primas, amigas. Conquistas de novos hábitos.
Sinto gratidão pelas realizações contáveis e mais ainda pelas incontáveis.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O tempo do não fazer

Descobri um novo benefício de escrever diariamente. Nos minutos que antecedem a ação propriamente dita, um pequeno intervalo antes de começar a digitar, tenho um branco total. Todas as idéias fogem, há uma desconexão absoluta com o mundo real. Fico sem assunto, sem objetivo, sem rumo para a prosa. Tendo a coragem de começar, sigo o caminho. Dou pequenas paradas, volto quando percebo que perdi o fio, depois me envolvo tanto que não quero parar. Começo a pensar nos próximos posts.
A fuga das idéias e dos argumentos me aborrecia. Muitas vezes, já tinha pensado sobre um tema, avaliado a contribuição dele para os meus objetivos e simplesmente, não relembrava. Hoje anoto algumas palavras chave em papeizinhos e vou guardando. Criei um arquivo e dei o nome de prateleira de idéias. Salvo lá aquelas que continuo achando merecedoras de uma reflexão mais profunda, descarto outras. Mas, comecei a curtir o momento de esvaziamento mental. Acredito que esse tempo tenha uma relação direta com a superação da ansiedade.
Lembrei que muitas práticas meditativas consistem nesse esvaziamento da mente. Então, tenho aproveitado  mais e o melhor que posso desse instante de cabeça limpa.
Às vezes, quando tenho a intenção de conseguir esse desligamento, custo a fazê-lo. Começo a falar comigo:
 _ A partir desse momento, vou temporariamente me desocupar de todos os pensamentos...
Um certo ser rebelde responde:
_ Preciso fazer compras e arrumar os armários. Ah! tenho que viajar na semana que vem. Mas se tiver chuva? Preciso chamar o pedreiro para consertar o telhado. Se conseguir que venha, deveria chamar um jardineiro também, a grama está alta...
Volto a tentar:
_Meus pés estão relaxados, minhas pernas estão relaxadas...
Antes de chegar a relaxar a barriga, tenho mais umas duas fugas. A maior parte das vezes me refugio na lista de compromissos. Com delicadeza, insisto, até me entregar completamente ao estado de paz.
Poderia dizer que o produto das reflexões são importantes. Mas, o tempo do não fazer, do não pensar, do não planejar, tem contribuido enormemente para eu desenvolver as habilidades necessárias para comer como uma pessoa sem excesso de peso e pensar diferentemente para livrar definitivamente da depressão.
Até mais

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O melhor lugar do mundo é aqui e agora

Peço licença ao Gilberto Gil para citar esse pedacinho da sua música. Há dias escolhi esse título para um post. É assim que me sinto, completamente no presente, harmonizada com cada uma das minhas ações. Essa é uma sensação nova e maravilhosa. Como é bom poder compartilhá-la!
Tenho a impressão que passei quase todo o meu tempo de vida meio deslocada no tempo. Sempre olhando adiante, com grandes expectativas ou receios. Uma pressa constante, uma lista interminável de coisas por fazer. De certa maneira, essa atitude antenada me ajudou a realizar bastante no plano profissional e material. Mas tenho a impressão que o exagero disso chama-se ansiedade.
Essa companhia de tanto tempo foi-se e não sinto saudades. Olho com compaixão para os anos de convivência íntima e quero ir adiante, feliz e cantando: o melhor lugar do mundo é aqui e agora.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Voltando a falar de emagrecimento

Vou começar a semana escrevendo sobre emagrecimento. Até aqui perdi pouco peso, mas ganhei o hábito de comer com consciência. Aprendi estar presente no ato da refeição, com a atenção voltada para a ação de saborear, mastigar, engolir. Quando isso está acontecendo, automaticamente como menos porque tenho que satisfazer só a fome do estômago. As outras fomes ficam de lado.
Estou aprendendo a degustar. Deixo o alimento repousar um pouco mais de tempo na boca e registro os sabores. Hoje comi cinco vegetais diferentes no almoço, gostando de cada um. Ainda não consegui comer menos daquilo que engorda mais, porém, essas pequenas, mas significativas mudanças, também são importantes.
Estou muito certa do meu objetivo: emagrecer de forma sustentável. Isso requer cuidado e atenção com muitos detalhes do meu comportamento. Não me propus uma dieta com prazo determinado, então, conto como vitória as mudanças de percepção, de conceito e de atitude sobre a comida.
Até

domingo, 21 de novembro de 2010

Pensar é salvar-se

Foi muito interessante escrever com sinceridade sobre minha depressão e o tratamento. Apesar de ver a doença como qualquer outra, acho que guardava um pensamento mágico sobre ela. Algo como: "se eu falar ou pensar muito sobre esse assunto, eu posso me sentir pior, então estarei mais deprimida."
Penso que estabeleci esse fechamento porque, às vezes, ficava emotiva e chorava ao lembrar dos momentos mais intensos da doença.
Mas, cutucar o assunto e criar a coragem para entrar nele de cabeça me trouxe algumas conquistas práticas:
  1. Falar sobre a depressão não me  deixou mais deprimida, ao contrário, fiquei mais leve. Diminuida a bagagem do medo, estou mais animada para caminhar. Estou salva, a onda pode vir que eu, pensando, posso flutuar.
  2. O tratamento para depressão não pode ser apenas o uso do medicamento. Vi que nenhum daqueles que usei, foi capaz de me fazer sentir bem como agora. Continuo seguindo o tratamento medicamentoso, mas encontrei um caminho muito prazeroso, o ato de escrever diariamente.
  3. Escrever em nesse blog não está sendo uma atividade apenas intelectual. É uma troca diária de carinho com minhas amigas de muitos anos e aquelas que chegaram porque se tornaram leitoras. Reencontrei primas, colegas de escola, conterrâneas que estão longe e todo dia tenho a alegria de receber um telefonema, um recadinho no email, no orkut, no celular. Blogar é troca de afeto, é amizade, é humildade.
  4. Criei uma linha do tempo para relembrar como suspeitei da depressão e quando comecei a tratar. Há uma relação direta entre a manifestação dos sintomas de uma e da outra. Portanto, para emagrecer, não vou continuar o jogo do faz de conta que uma não coisa não tem nada a ver com a outra. Preciso do ânimo para tratar de dois problemas.
  5. Por último, criei coragem para ter uma conversa olho no olho com a ansiedade. Acho que ela estava na frente de tudo e provocou muitos estragos no meu tempo. Olhando para ela com severidade, mostrei que eu estou no comando. No popular, dei um "chega prá lá na menina". Por isso estou aqui, agora, bem no presente, teclando devagarzinho, sentindo paz.
Estou mais preparada para ir adiante na empreitada de emagrecer e me curar. Estou feliz.
Até!

sábado, 20 de novembro de 2010

Trocando a reflexão pela diversão

Hoje é sábado, é hora de dar uma amenizada. Comportei muito bem a semana toda. Vou trocar a reflexão pela diversão. A todos que passarem por aqui, bom domingo.
Até

Tristeza não é pecado

Depressão e tristeza não são sinônimos, embora quase todos confundam. A tristeza, o luto, a melancolia, são estados inevitáveis. Alguma vez na vida a gente tem, o melhor a fazer é entristecer, enlutar e ficar melancólico. Podemos valorizar a alegria, o entusiasmo e o bem estar conhecendo o outro lado da moeda.
Não deveríamos cuidar desses estados da alma com antidepressivos. Conhecer os sentimentos menos luminosos faz parte da nossa aventura. Fico assustada quando vejo tanta gente fazendo uso de medicamentos. Penso que estão se anestesiando. Perdendo a sensibilidade e a riqueza de experiências emocionais que a vida oferece.
Também descarto o culto ao sofrimento. É perda de sensibilidade, da mesma maneira, acreditar que "a gente só cresce na dor". A gente cresce sempre que pode, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. Os fatos não determinam a evolução de ninguém. O que pode gerar amadurecimento ou infantilização é a forma como nos posicionamos diante deles.
Tenho observado uma intolerância completa à tristeza e outros estados semelhantes. Parece que virou doença ou pecado. Alguém consegue se manter alegre o dia todo? Isso seria um retardamento, falta de habilidade para perceber o mundo com ele é. Então, não adianta sonhar com um mundo colgate.
Vou lançar uma campanha defendendo o direito de viver a tristeza em paz e de poder chorar alto ou baixinho quando precisar.
Esclarecidas, de forma singela, as diferenças entre tristeza e depressão, vou criar outra campanha. Esta para defender o direito de viver sem depressão.
Até!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sei que me sondas. Sei que me amas.


Costumo usar a imagem das frentes frias para explicar a chegada e a saída das crises de depressão. É a metáfora perfeita para essa vivência. Chega uma nuvem e quase não dou atenção porque a maior parte do céu está azul. Lentamente, outras vão chegando, condensando, até deixar o sol totalmente encoberto. O tempo fica cinzento e, algumas vezes, ocorrem fortes tempestades.




Com o uso do medicamento certo, as nuvens vão se afastando, bem aos pouquinhos, até que um pedacinho do azul do céu se mostra. Parecendo uma mágica, elas se afastam cada vez mais rápido e chega  o dia de pleno azul.


Há, para mim, nesse momento, uma diferença muito bacana no ciclo.
Não, não, não, não... Não pensem em euforia ou em estado maníaco! Estou apenas mais lúcida do que costumava ficar ao sair dos períodos depressivos. O diagnóstico da moda para os psiquiatras é a bipolaridade. Cuidado se algum deles resolver receitar medicamentos para esses casos. Tive uma labirintite induzida por remédio errado e paguei caro.

A diferença desse momento é o esvaziamento da ansiedade. Sem a pressa permanente e infundada, posso alegrar ou sofrer, rir ou chorar, xingar ou elogiar, tudo no seu momento e com uma intensidade proporcional aos fatos.
Mas, minha proposta inicial era escrever sobre obesidade e depressão. Nos últimos dias inverti completamente a ordem. São as surpresas do caminho... Estava certa que as encontraria.
Numa bela manhã ensolarada, entendi que minha obesidade poderia, sim, estar associada à ansiedade e à depressão. Mas não sabia como se dava esse entrelaçamento. Também odiava a psicologização do tema, ao estilo de programa de auditório das tardes, dos canais de tv superpopulares.
Precisei escrever para pensar.
Nada está concluido, mas sinto a certeza que toquei a borda de vários temas e agora encontrei a minha trilha.
Fico muito emocionada quando escuto aquela música:
"Senhor, eu sei que Tu me sondas, Senhor eu sei que Tu me amas"
Soa assim: Ele me conhece profundamente e, sabendo das minhas belezas e tristezas, me aceita. Pois bem, eu que sou muito menor do que o Espírito que habita todas as coisas, posso também conhecer minha depressão com profundidade e me amar. Isso é curar. "E tudo mais será acrescentado".
Você também pode!
Até.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Preciso voltar para conseguir ir adiante

O post de ontem me pareceu confuso, embora eu tenha esforçado muito para fazer entender a importância dos acontecimentos.
Preciso voltar para conseguir ir adiante.
Recolhi do texto a frase: "Um ciclo vicioso não foi iniciado". Ela indica que algo novo aconteceu, embora sem a minha participação voluntária. Não sei explicar como e nem por que, mas ontem, uma experiência negativa não me conduziu a um estado negativista. Pode ser normal para a maior parte das pessoas. Porém, quando estamos falando de depressão, isso não é tão simples assim.
Há pouquíssimo tempo, um desconforto como o de ontem poderia virar um mal estar emocional generalizado. Da irritação para a culpa, angústia, raiva, pessimismo até o estado depressivo, o passo era curto.
Não deliberei. Não me impus um limite, do tipo: "estou apenas irritada com esse problema, assim não preciso sofrer mais do que o necessário."
Simplesmente aconteceu diferente e a partir dessa boa reação passei a esperar que seja sempre assim daqui para frente.
Uma hora de reflexão diária ou de meditação poderiam ser esse tipo de experiência tão transformadora na vida? Então, onde eu estava antes?
É uma habilidade natural, presente do tempo?
A independência dos sentimentos é uma conquista ou evolução natural?
Dúvidas boas de cultivar.
Espero ter muitas companhias nessa caminhada.
Até amanhã.

Ops! Continuo tranquila e feliz!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um pouco menos de ansiedade

Pretendo refletir um pouco mais, penso que é uma boa maneira de ter um pouco menos de ansiedade.
Queria contar o meu dia, pois foi bom relembrar os fatos e identificar como meus sentimentos estão mais independentes.
Pode parecer meio confuso, mas acho que vou conseguir esclarecer como a habilidade de "dar o nome certo aos bois", está me ajudando a vencer a depressão.
Voltando aos fatos, fiquei muito irritada com os acontecimentos de hoje na empresa. Funcionários faltaram e não consegui fazer nada do que era necessário. Como um problema costuma vir com outro de mãos dadas, o computador estragou e tive que enfrentar aquelas filas de banco, depois de feriado na segunda. Para arrematar, um erro de procedimento de uma moça trouxe mais um prejuízo. O aluguel disparou...
Deixando o desabafo de lado, o que está me chamando a atenção é que a irritação de hoje não se transformou em ansiedade. Não se desdobrou em mal humor. Não se juntou com a raiva. O mal estar do dia não produziu ecos e não chamou ningúem para partilhar o desgosto. Nesse momento estou calma, centrada, atenta ao que estou fazendo. Sequer estou "pensando positivo", recitando o mantra que amanhã tudo estará bem. Isso também seria ansiedade.
Qual a importância disso?
Para quem sofre e trata de depressão, faz uma diferença danada. Um ciclo vicioso não foi iniciado. Fiquei irritada, naquela hora, com razão e por motivos justos. (PONTO). Passaram as emoções assim que terminaram os fatos geradores.
Vou tentar fazer uma comparação para clarear o assunto. Imagine que uma pessoa tenha uma infecção e uma doença oportunista se junta ao quadro. Então é necessário o repouso, mas a coluna que já estava doendo piora e o pulmão junta água. O coração fica fraco e o rim padece. Em poucos dias temos um quase morto.
A depressão, no meu caso, ocorreu de forma parecida. Ansiedade no começo, irritação, depois exaustão. Queda de capacidade de pensar, memorizar. Mais ansiedade. Pensamentos derrotistas começaram a pipocar e aí a coisa desandou. Mais ansiedade. Insônia, dores. Mais ansiedade, afinal precisava dormir.
Tenho motivos para esperar que essa independência dos sentimentos possa continuar acontecendo e me beneficiando daqui para frente.
Refazer esse caminho é uma redenção. Estou abandonando o medo de me expor e já é um ganho viver com menos medo. Depois, penso que ao partilhar minha história posso levar um certo conforto a quem tem ou teve sofrimento parecido. Para terminar, é muito bom sentir o carinho de quem torce pelo bem.
Até!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

VENCENDO A ANSIEDADE

Percebo uma psicologização da obesidade. Sempre deparo com a pergunta: "Você é ansiosa?" quando menciono o excesso de peso.
De fato, sou. Ou, fui.
O ato de escrever diariamente tem sido a atividade mais redentora de toda minha vida. Simples assim? Sim.
Essa hora em que fico íntima de mim, estende seus efeitos e a cada dia estou mais tranquila. Ás vezes acho engraçado sentir tanta serenidade. Olho um pouquinho para trás e vejo-me, logo ali, tão pertinho, tão ansiosa, preocupada, ausente do presente, a mente sempre distante.
Coincidentemente, hoje faz dois meses que comecei a postar. Sinto-me completamente diferente. Estou alegre, mas sem exaltação, agradecida, vendo as situações chatas do dia a dia com bom humor. Eu definiria essa caminhada como um milagre.
Esse é um presente maravilhoso para quem conviveu com sintomas depressivos ao longo de dez anos. Continuo seguindo as indicações médicas normalmente, porém, percebo uma melhora diferente. Nenhum outro tratamento tentado antes proporcionou-me o alívio que estou sentindo.
Mas a dieta...
Diria que não tenho nenhum sinal de ansiedade ou depressão nesse momento. Ainda assim não consegui fazer um dia de dieta até hoje. Então, obesidade e ansiedade andam juntas? Tem razão de haver essa associação entre os dois sintomas? Justifica psicologizar a obesidade?
Nesse momento estou achando que não. Foi-se a ansiedade e ficaram os hábitos errados.
Hoje foi feriado, um motivo a mais para adiar para amanhã.
Entre uma atividade e outra na casa, fiquei distraida com os enfeites de Natal e não fiz do dia de folga um motivo para devorar guloseimas o tempo todo.
Estou aprendendo a comemorar essas pequenas vitórias. Acredito que elas sejam o anúncio de um novo tempo para mim.
A propósito, tenho feito meditação ao menos três vezes por semana. Hoje recebi um um link com uma orientação muito bacana para relaxar. Vale à pena conferir e bom resultado a quem tentar.

http://sonora.terra.com.br/#/cd/46779/meditacao_e_relaxamento

Até amanhã

domingo, 14 de novembro de 2010

DIETA

Fim de festa. Passou a formatura, o baile, a ressaca e o pequeno intervalo para descanso.
Amanhã, segunda, é dia de trabalho e de... dieta!
Essa palavra é um grande problema para mim. Tornou-se uma espécie de impedimento para a minha realização.
Explico melhor.
Repasso minha história e todas as lembranças me deixam ver bravura, tenacidade, espírito de luta e muitas conquistas.
Mudei de profissão por três vezes. Iniciei minha vida adulta como professora primária, desejei outra função,  estudei e tornei-me uma profissional na área gerencial. Por fim, quis novas experiências e fiz-me empresária. A caminhada para ser empresária abracei desafios que até hoje espanto-me com a minha coragem. Venci muitas lutas, superei dificuldades pessoais importantes.
Na vida familiar sinto-me vitoriosa. Vejo minhas mãos e meu coração completamente engajados na construção de uma vida boa para todos. Exercito diariamente a habilidade da superação, do entendimento, da compreensão do mundo e do meu papel nele. Estou sempre em ação e nada me faz desistir dos objetivos  traçados.
Quando a palavra é dieta, tudo muda. Sinto medo, expectativa negativa, uma visão antecipada de fracasso.
Como posso ser capaz de realizar com prazer e determinação atividades complexas? Enfrentar situações de risco com tanta fé?
Como posso sentir-me tão frágil diante da necessidade de seguir um plano alimentar? A dieta desmistificada é isso. Uma escolha, combinação e ingestão de alimentos com menos calorias. Algo como consumir menos.  Por que me assusto e fujo?
De qualquer maneira, amanhã é dia de tentar recomeçar. Hoje estou enfrentando com bravura os meus sentimentos tão negativos relacionados ao tema. Será esse o caminho?
Até!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Hoje é dia de agradecer

Hoje deixo um abraço carinhoso a todos que por aqui passarem. Estarei celebrando com toda a família o término do Ensino Médio de Julia. Vamos juntos rezar e agradecer. Ela foi abençoada em toda trajetória. Termina com honra um ciclo de vida. Alguns dias depois troca de idade e vira adulta.
São bons motivos para sentir feliz!
Até amanhã

FAZER ARTE PARA EMAGRECER

Hoje fiz uma descoberta fantástica! Minhas esperanças se renovaram e voltei a olhar firmemente meu objetivo inicial. Passei um dia completamente diferente de todos os outros nos últimos dez anos. Senti tanta paz, leveza, foco no presente e sem ficar desanimada. Houve momentos em que fiquei mais relaxada e ao mesmo tempo desvitalizada. Assim, criava motivos para voltar a um estado mais animado, com receio dos sintomas de depressão se manifestarem.
Voltando ao dia de hoje, ao perceber meu bem estar, lembrei-me que ontem à noite resolvi colocar em ordem umas coisinhas em casa. Esse é um ritual típico de fim de ano para mim. Desafogar os armários, fazer as doações daquilo que não estou precisando, desfazer do lixo que vai se acumulando, enfim, esse é o meu pequeno espírito de Natal.
Resolvi transformar um colchão que estava sobrando ém outros objetos. Pus a mão na massa, melhor, na tesoura, faca, agulha e linha. Consegui fazer com o entulho seis objetos diferentes. Para isso trabalhei o material por quatro horas seguidas, que por sinal, não vi passar.
Durante o exercício que foi meio a meio criatividade e trabalho braçal, não senti fome e nem impulso para comer por... Sei lá porque eu como tanto sem necessidade.
Essa descoberta tão singela pode fazer muita diferença. Isso porque é à noite que os fantasmas saem de todos os cantos para me lembrar que tem comida nos armários e na geladeira. Eu, sem querer, obedeço a esses seres tão desconhecidos. Até as 18h, quem manda em mim sou eu. Depois eles se atrevem. Se tem pão fresco, os fantasmas me conduzem gentilmente, mas com toda autoridade, à cozinha muito mais vezes do que gostaria de ir.
O trabalho manual é uma redenção.
Como tenho gosto por pensar, conversar, analisar, depois que termino as tarefas rotineiras da casa, à noite, vou buscar livro, computador, dvd. São atividades bacanas, mas não desligo do conteúdo da cozinha. Parece que minha mente funciona assim: uma paradinha no filme, tem que fazer uma busca na geladeira. Esticar a coluna um pouquinho, preciso tomar o restinho daquele suco para não estragar.
Há uma associação imediata entre a pausa da atividade e o retorno à cozinha. Com o trabalho manual, isso não ocorreu. Fiquei completamente entretida e, de quebra, dormi muito bem e tive um dia muito feliz.
Vejo que encontrei uma oportunidade nova.
A propósito, voltei a pesar hoje. Jogo empatado com a pesagem da semana passada.
Mas acho que como disse meu amigo Roberto Carlos, "daqui pra frente tudo vai ser diferente".
Ah! hoje à noite voltei ao trabalho manual e mais uma vez deu certo. Comi apenas o necessário.
Até amanhã

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CRISE DE INSPIRAÇÃO

Hoje estou vivendo minha primeira crise de inspiração, depois que criei o blog. Estou antenada, mas nenhum dos temas que pensei me pareceu atraente o bastante. Então, fiz a opção de reler algumas postagens, fazer algumas correções e deixar posts passadosmais atraentes. Juro que não é charme.
Ontem acabei de ler "A mulher de 30 anos" de Balzac. Considerando que a obra foi criada há menos de 200 anos e tem um cenário histórico fiel à realidade da França após a Revolução, fica fácil entender alguns traços do comportamento feminino que se repetem no tempo.
Escrevo isso porque 2 séculos são suficientes para evoluções tecnológicas imensas, basta pensar nos primórdios da industrialização e o cenário atual de desenvolvimento. Para mudanças comportamentais o mesmo tempo parece insuficiente.
Voltando ao livro, no capítulo intitulado a mulher de trinta anos, há uma descrição minuciosa do comportamento feminino nos salões de Paris. As festas eram os grandes palcos da representação social. Para o gênero que não produzia, economicamente falando, restavam os encontros da alta sociedade para se alcançar alguma projeção no mundo. Pois bem, nesse cenário, as mulheres se movimentavam para serem vistas e escolhidas. O autor fala textualmente que para ser mulher é necessário ser amada por um homem.
O tempo passou e fizemos tantas conquistas... Mas vejo com tristeza mulheres que não sairam dos salões franceses. Precisam ser vistas e acompanhadas por um homem para se sentirem pessoas plenas.
Já era tempo de poder sentir-se plena e, só então, escolher um bom parceiro para construir a dois uma boa jornada.
Até amanhã

Ops! Estou dando uma semana de tempo dos filmes. Acomodando as idéias mais novas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Só para maiores de 30

A convivência com jovens tem me deixado muito feliz. Além das minhas filhas, estão por perto o namorado, amigos, funcionários e sobrinhos. Posso dizer que tenho contatos variados com a galera entre 13 e 30 anos. Acho que a quantidade é suficiente para sustentar o argumento que vou apresentar aqui.
A passagem do tempo nos impõe alguns limites físicos. Atualmente bem menos do que os que conviveram as gerações anteriores. Mas parece que nossos limites internos, aqueles ligados a nossas emoções, relacionamentos, fé, se ampliam. Surge um poder especial de ser e estar de bem com quem a gente é. Essa surpresa está reservada a quem está em paz com o tempo. Voltando à alegria de conviver com jovens, sinto ao lado deles muita liberdade e divirto-me.
Enquanto curto a liberdade, rio dos meus erros passados e presentes, os menores de 30 desenvolveram um pavor supremo de pagar mico. Por isso, tentam afastar a diversidade a qualquer custo.  Cumprimentam, quando fazem isso, com as mesmas expressões, usam os cabelos sempre do mesmo jeito, são econômicos na afetividade, enfim, agem de maneira tão igual...
 Claro que é um comportamento comum entre adolescentes, porque o seu desejo de pertencer a uma turma é tão importante que abrem mão da expressão individual. Isso costumava passar, com o ingresso na vida adulta há duas ou três décadas. Afinal, era necessário tomar as rédeas da vida e ser independente mais cedo.
Bem, mas meu objetivo hoje não é fazer uma análise sociológica do comportamento dos jovens.
Quero celebrar a alegria de ser  jovial aos 40 e ver, um pouco ali na frente, em quem está com 50, 60, 70... uma  vitalidade extraordinária.
Quero hoje comemorar o fim do medo do mico. Depois de certo tempo na vida os foras são momentos de riso solto. Lembro agora que fui ao aniversário de 15 anos da sobrinha de uma grande amiga. A mãe da garota havia se casado pela segunda vez e eu ainda não conhecia o marido. Ao entrar no salão de festas dei beijinho nas faces do segurança achando que ele fosse o padrasto da aniversariante. A saudação ao profissional rende boas gargalhadas aqui em casa até hoje.
Quero festejar porque não preciso de cabelos liiiiiiiiiiiiiisos para ficar bem humorada.
Estou aqui lembrando como é bom perder medo do risco, valorizar a expressão individual e fazer isso sendo querida pelos amigos cultivados ao longo do tempo.
Em resposta ao compositor que em 1970 cantava “não confio em ninguém com mais de trinta anos” eu digo feliz: melhor do que trinta é fazer 40.
Até mais.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Viver em paz e carinhosamente

Hoje o dia foi tenso. Revivi a apreensão do vestibular ao lado da minha filha Julia, que fez as provas do ENEM. Agora estamos sentindo juntos a expectativa do resultado.
Nos fins de semana sempre dedicamos nosso tempo para conviver. Eu, Fernando, Julia e Bruna formamos um quarteto bem afinado. Fazemos as tarefas da casa juntos e depois reunimos na sala para rir, contar caso, ouvir uns aos outros. Nada de família de comercial de margarina. Temos conflitos de interesse e outros  problemas, como todos. Mas, aprendemos a dialogar e dessa maneira não deixamos o mal estar ficar muito tempo entre nós.
Sei que esse bem estar familiar foi construido, dia após dia, com ensaios, erros e acertos. Já tivemos "quebra-pau" e chineladas, mas prevaleceu o perdão e o desejo de acertar. O tempo nos aproximou, refinou nossa empatia e o desejo de um é vivido por todos.
Agradeço a Deus esse presente. Quando fecho os olhos para meditar penso que viver em paz e carinhosamente com as pessoas mais próximas é a melhor religião. Temos a oportunidade diária de exercitar a caridade, o perdão, a obediência, a superação. É nosso jeito de contribuir para fazer um mundo bom para todos. Os valores que construimos dentro da nossa casa não ficam restritos a nós. Intencionalmente ou não levamos um pouco desses sentimentos para quem encontramos e acolhemos os que querem partilhar conosco esse afeto.
Estou no quarto com as duas meninas dormindo. Tentei consolar a Julia que achou que não foi bem na prova. Aquilo que parecia tão desolador se abrandou pelo carinho e certeza de que temos uns aos outros para dividir as delícias e as dores.
Partilho esse momento de carinho com aqueles que por aqui passarem.
Até amanhã

sábado, 6 de novembro de 2010

Três histórias de amor e poder

Assisti a três filmes que aparentemente não têm nada em comum. Foi uma coincidência tê-los visto tão próximo um do outro e, ter ainda, o processo eleitoral em andamento no Brasil.
Os filmes são:
  • A insustentável leveza do ser
  • O segredo dos seus olhos
  • A casa dos espíritos
São histórias de lugares e épocas diferentes. Porém, o cenário das três sagas revela a mão cruel do Estado traçando o rumo da vida dos indivíduos. O amor e o desejo de se realizar afetivamente parece ser universal. A perversidade no exercício do poder também.

Praga é o cenário do primeiro filme e a invasão da antiga Rússia destrói a vida e os sonhos do casal. No segundo filme temos a Argentina dos anos 70 em pleno regime ditatorial. Uma briga pessoal, entre dois funcionários da Justiça, tem repercussões inimagináveis quando um deles torna-se membro do governo e passa por cima de uma decisão judicial. O terceiro desnuda a crueldade do golpe militar no Chile.

São três filmes lindíssimos, histórias para carregar as baterias do coração. Mas, depois de assisti-los, fiquei mais atenta para alguns fatos. O Estado determina, sim, a forma como vivemos. Ele pode nos abrir perspectivas de realizações pessoais ou, com sutilela, adiá-las. Pode também, com a força bruta, eliminá-las.
Entendi, pela primeira vez na vida, que a escolha de um presidente indicava a opção por um jeito de viver para mim, minha família e meus amigos.

Parece romântico? Pode ser, mas foi a minha maneira de entender para me envolver.

Minha razão está sempre a mandado dos meus afetos. Preciso compreender para amar. Invejo as pessoas que amam incondicionalmente. Nunca me entreguei loucamente a nada. Meu entendimento vai à frente, é o abre alas, depois paquero, namoro e peço a mão antes de casar. Aí sou fiel. Por muito tempo. Amo em cada canto do meu corpo e da minha alma.

Ainda estou em busca de conforto no cenário político do meu país, que tanto amo. Com todos os seus problemas eu o amo e procuro honrá-lo sendo uma cidadã descente.

Fui vencida mas não estou derrotada! Aguardo a manhã em que acordarei mais animada para o civismo. Entretanto, não sou partidária do quanto pior, melhor. Continuarei fazendo a minha parte na História.

Até amanhã!

Nosrtalgia dos anos 70

Estou tão nostálgica...
O poema de Gabiela Mistral me levou para o interior das Minas Gerais, nos idos de 70, quando eu não tinha a menor noção do que seria a ditadura militar.
Vejo que havia uma pureza _ que poderia ser chamada de alienação_ muito benfazeja. Eu me importava com os auditórios, com as coroações do mês de maio, com as boas notas e, principalmente, participar do time vencedor do pique-lata, ou do chicotim queimado ou da queimada.
Alguém saberia o significado e a emoção do verbo D E C L A M A R?
Amanhã a minha filha fará a prova do ENEM. Ela nunca declamou. Estou ficando velha? Saudosista?
Até mais

Toda natureza é um serviço

Aos 11 anos de idade declamei esse poema para toda a escola. Nunca mais esqueci. Ele se tornou um dos pilares na minha formação. Continuo acreditando que SERVIR é o exercício mais fraternal possível.
Não me lembrava do poema inteiro. Lembrei de pesquisar na web. Ai que surpresa maravilhosa! Revivi a emoção daquele dia. Todas as meninas que já passaram dos 40, como eu, vão saber o significado de "declamar" e de "auditório". Até amanhã




Prazer de Servir
-Gabriela Mistral-

Toda a natureza é um desejo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, servem os vales.
Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu.
Onde haja um erro para emendar, emenda-o tu.
Sê aquele que afasta a pedra do caminho,
O ódio dos corações e as dificuldades do caminho.

Existe a alegria de ser bom e o prazer de ser justo.
Existe, sobretudo o sublime, a imensa alegria de servir.

Como seria triste o mundo se tudo já tivesse feito;
Se não houvesse um roseiral para plantar,
uma empresa que iniciar.

Que não te atraiam somente os trabalhos fáceis.
É tão belo fazer uma tarefa que os outros recusam!

Mas não caias no erro de que só se conquistam mérito,
Com os grandes trabalhos, há pequenos serviços
que são imensos serviços: adornar a mesa,
arrumar as cadeiras, espanar o pó.

O serviço não é só de seres inferiores.
Deus que dá o fruto e a luz, é o primeiro a servir.
Poder-se-ia chamá-lo assim: "Servidor".
E ele, que tem os olhos em nossas mãos,
nos pergunta todo dia; "Servistes hoje? A quem?
A árvore, ao teu amigo, ou aos teus familiares?".


Gabriela Mistral - Poetisa chilena (7/4/1889-10/1/1957). Foi a primeira escritora latino-americana a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945. Sua poesia única e repleta de imagens singulares não mostra influências do modernismo nem das vanguardas. Lucila Godoy Alcayaga nasceu em Vicuña, uma vila do norte do Chile. Seu noivo cometeu suicídio em 1907, fato que marcou a obra e vida de Gabriela Mistral. Ela nunca se casou e se dedicou somente ao trabalho. Venceu um concurso literário chileno em 1914 com Sonetos de la Muerte, assinados com o pseudônimo Gabriela Mistral. Seu primeiro livro de poesias, Desolación (1922), inclui o poema Dolor, no qual fala da perda do amado. Representou seu país como consulesa em Nápoles, Madri, Lisboa e Rio de Janeiro. Em 1954 publica Lagar. Lecionou literatura espanhola na Universidade de Columbia. Morreu em Hempstead, no estado de Nova York.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Hoje foi dia de nova pesagem

Estou completamente envolvida pelo silêncio. Não tem carro, avião, tv, rádio ou voz humana. Nesse momento até os cachorros da vizinha - que são nove- estão quietinhos.
Sei o valor desse privilégio. Estou a cinco minutos do conforto da modernidade e ao mesmo tempo dentro de casa, protegida de todos os ruídos da civilização.
Aprendi a amar essa opção de vida. Mudei-me para Lagoa Santa há seis anos. No começo era só encantamento, até que comecei a sentir falta de programas culturais, convivência com amigos de longa data e da própria fricção do mundo urbano. Esta é uma cidade com ares de metrópole, mas espírito bem interiorano. Certa vez fui a Belo Horizonte, que fica a 40 km daqui, e fiquei parada um tempão em um ponto de ônibus movimentado só para me sentir no meio de gente. É claro que todos riem quando conto essa história. Mas gosto muito de pessoas. Adoro observar as diferenças de aparência, os ritmos dos passos, os adereços e, mais ainda, ouvir suas histórias. Por fim, tomei um gosto profundo de viver por aqui. Vale à pena abrir mão de certos mimos e estar livre do trânsito intenso e do comportamento neurótico de alguns seres enquanto dirigem. A D O R O! não ter síndico e nem vizinhos sem limites. Aqui posso pisar na grama e curtir o cheiro da terra quando chega a chuva.
Mas, amo, acima de tudo, o silêncio. Ele me propicia calar por dentro, ainda que alguns instantes por dia, e restaura os meus bons sentimentos.
Voltei a pesar. Um pouco menos do que na semana passada: 300g. Porém, muito distante do meu objetivo. A luta pelo emagrecimento está sendo mais difícil do que imaginei quando criei o blog. Mas estou firme no objetivo. Pelo menos o marcador não voltou a subir.
Estou aprendendo a ser feliz com as pequenas conquistas. Não espero mais as grandes realizações para sentir-me contente. Hoje, penso que nada é tão bom quanto se espera e nem tão ruim quanto se teme.
Até amanhã!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Teste a sua auto estima

Fui à banca de revistas e encontrei pelo menos cinco publicações que traziam na capa a chamada de matéria sobre auto estima. Inclusive com testes para você pontuar o seu nível.
Desculpe se serei demasiadamente rude: que chatura! Detesto esse discurso e vou rasgar o verbo. Pessoas que acreditam que é importante manter a auto estima lá no topo do mundo são aquelas que mais se repetem. Como têm medo de se criticar insistem nos próprios erros. Lá roça falavam assim para esse tipo de gente: "esse fulano aí vai apodrecer mas não vai amadurecer".
No discurso moderno sobre as questões existenciais a parte mais alienante é sobre a necessidade da auto estima. Ter um grande apreço por si mesmo é ficar cego para os limites. Não conhecer os limites é negar potenciais. É perder a chance de admirar o mundo e não apenas o próprio umbigo. É evitar o mergulho para não molhar os pés.
Somos naturalmente amantes. A forma como nos defendemos diante dos perigos ou buscamos proteção, acolhimento, carinho, amor,  indicam essa habilidade nata de auto valorização. Se nos dispensamos  cuidados é porque conhecemos o valor. "Quando a gente ama é claro que a gente cuida".
Então, para que mais? Que abstração é essa que se entranhou no universo? O que querem dizer com auto estima alta?
Bem, aquela auto estima lá da revista está a serviço do consumo, da obrigação de ser, saber e agora até medir e ter muitos pontos nesse quesito. Mais ou menos assim: se você se ama compre shampoo, creme, carro, sapato, perfume, roupa, lençol, remédio, enfim compre tudo que puder para se presentear. Afinal, você (NÃO) se estima e precisa investir em si mesmo.
Isso é muito diferente de ser pleno!
Fiquem com Morris West e sintam o que gostaria de ter escrito:



"Custa tanto ser uma pessoa plena, que muito poucos são aqueles que têm a luz ou a coragem de pagar o preço...
É preciso abandonar por completo a busca da segurança e correr o risco de viver.
É preciso abraçar o mundo como um amante.
É preciso aceitar a dor como condição da existência.
É preciso cortejar a dúvida e a escuridão como preço do conhecimento.
É preciso ter uma vontade obstinada no conflito, mas também uma capacidade de aceitação total de cada consequencia do viver e do morrer."

Morris L. West em "As Sandálias do Pescador"

Até amanhã

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Luz por dentro

Hoje passei em frente a dois shoppings e me surpreendi porque já estão enfeitados para o Natal. Lembrei que chegou novembro e com ele entramos na reta final de 2010. Milhares de luzinhas já piscando nas fachadas, as árvores das ruas estão com estrelas, anjos, bolas, todas muito brilhantes.
Lembrei de um caso bem marcante e vou contá-lo para reviver as alegrias dos passeios que fazia com minhas filhas crianças.
Próximo ao Natal de 1998 Julia estava com seis anos. Saímos pela cidade para admirar a decoração de Natal. Belo Horizonte fica especialmente linda nessa época. Visitamos vários pontos e eu comentava com muita ênfase a beleza de cada casa, praça e terminamos o roteiro no bairro Mangabeiras, na Praça do Papa. De lá é possível ver quase toda a cidade, o ar é sempre fresco e tem espaço para brincar. As construções do bairro são suntuosas e estavam fartamente iluminadas com mini-lâmpadas. Acho que milhões delas. Isso para mim era novidade, não me lembrava de ter visto nos anos anteriores aquela imensidão de luzes. Achava tudo maravilhoso e tentava descobrir qual decoração mais bonita.
No meio desse deleite visual Julia parou e disse:
- Mamãe, será que as pessoas dessas casas têm esse mesmo tanto de luz por dentro?
Optei por tomar a pergunta dela como filosófica...
Vou me aquietar agora para acender as minhas luzinhas de dentro. Creio que é o melhor jeito de bem aproveitar o tempo, que está mesmo voando.
Até amanhã.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dia da ressaca

Essa segunda-feira foi brava. Um mal estar, uma falta de graça. Meu candidato à Presidência não foi eleito. Nessa campanha recuperei meu entusiasmo juvenil. Votei com toda consciência, li muito, me informei sobre as propostas de cada um, conversei com muitas pessoas e creio ter conseguido alguns votos a mais para José Serra. Mas não deu. Ainda não. Fiquei triste. Acredito que seria melhor para o nosso país. Não há o que fazer, a não ser esperar e torcer para que a Dilma faça o melhor.
Fiquei pensando como deve ter sido o dia de José Serra. Que vazio! Como recomeçar? De onde tirar forças, inspiração, desejo de continuar depois de tanto empenho e um final indesejado?
Vejam que ironia: o candidato não eleito fez ressurgir a oposição, teve  44 milhões de votos e foi porta-voz da insatisfação dos brasileiros com a ausência da lisura, do decoro, da moralidade no cenário político. Ainda assim os jornais se referiram a ele como o “candidato derrotado”.
O peso das palavras! DERROTADO... Fiquei incomodada com o uso do adjetivo para caracterizar 1 dos 2, entre 190.000.000 de brasileiros que concorreu ao cargo mais alto da nação e conseguiu 44.000.000 de votos.
Mas há situações em que a palavra não se encontra com o fato.
Me lembrei do adjetivo GORDA. Usado para caracterizar uma mulher que está com o peso acima do considerado esteticamente bom. Pode ser bacana ou não, bonita ou feia, inteligente ou mediana, bom ou mal caráter, enfim, o rótulo gorda elimina as diferenças e enquadra todas numa mesma categoria.  Não se sabe exatamente qual, mas obviamente das pessoas julgadas negativamente. Bem parecido com derrotado.
Daí o desespero das mulheres para evitar esse julgamento e seus exageros no culto ou no incômodo com o corpo.
Isso me incomoda? NÃO! Sabe por que? Porque nem no dicionário e nem na vida o adjetivo magra tem como sinônimos beleza, feminilidade, sensibilidade, multiplicidade, sabedoria. Por correlação, gorda não significa o contrário.
Seria melhor encontrar outra palavra, mas como não é possível, (assim como não é possível o meu candidato ganhar essa eleição) resta esperar e torcer para que se espalhe o entendimento que gorda não é SER, É ESTAR.
Até amanhã

A mulher pode

Hoje voltei a assistir QUEIME DEPOIS DE LER, de Ethan Coen e Joel Coen. Da primeira vez amei, agora apaixonei de vez. Ao longo dos últimos dias assisti também FARGO e ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ, da mesma dupla de diretores. Ao contrário de mim, todas as pessoas com quem conversei  detestaram, não entenderam nada ou estavam inconformadas porque George Clooney e Brad Pitt aceitaram interpretar seus papéis. É, eles estão lá! Lindos como sempre, mas não no papel de mocinho ou vilão como de costume, mas como dois paspalhões ridículos.
A marca registrada dos diretores é a ironia, o deboche, a ridicularização das situações. Só com esses óculos podemos ver e divertir, mas sem esperar gargalhadas relaxantes. QUEIME DEPOISDE LER é uma oportunidade de rir com tristeza da banalidade, da frivolidade e até da imbecilidade do nosso tempo. Gosto dessa gente que sabe tocar nas feridas com as luvas do humor. Pararei por aqui na análise do filme, me interessa para a conversa de hoje o comportamento de uma das personagens:  Litzke Linda (Frances McDormand).
Ela nos é apresentada no filme dentro de um consultório médico, durante uma consulta ao cirurgião. Três minutos de exame e ela sai com uma lista de plásticas a fazer: barriga, peitos, braços e rosto. Tenta conseguir o dinheiro por meio legal, mas não conseguindo passa a chantagear um ex-espião da CIA. Daí para frente é só confusão em torno da busca pela grana.
A Linda repete “preciso me reinventar” e ainda “detesto negativismo, eu penso positivo”. Usa e abusa desses clichês e hipocritamente pratica crimes para conseguir reformar seu corpo. Ela é uma personagem patética e com um visual completamente fora dos padrões da indústria cinematográfica. Foi criada para debochar dos excessos femininos na busca pelo corpo perfeito.
Ouço todos os dias mulheres se criticando, falando das insatisfações com seu corpo. Ao experimentar uma roupa aparece uma censura daqui, uma restrição dali... Isso com pessoas bonitas, que poderiam estar plenamente em paz com o espelho. Aliás, acho que cada mulher tem uma beleza, é necessário valorizá-la. Mas não é o que acontece. Prevalece a queixa pelos defeitos. Será que a mulher precisa sempre se reinventar, como a Linda do filme? Para isso vale a pena qualquer esforço?
Por outro lado cresce aceleradamente a procura por roupas do tamanho G e GG (44 até 50). Vejo que o ideal de forma física está mais na mídia do que na rua. A busca pelo corpo desejado deve ser empreendida. Repetirei sempre: sensualidade, flexibilidade, força, fôlego e beleza são objetivos muito dignos. Porém, acho que é um delírio e não um bom objetivo de vida a obsessão pela reinvenção do corpo.
Estar aqui diariamente é o meu meio de tentar alcançar meu objetivo: emagrecer de forma saudável e definitivamente. Daí minha disposição para rever meus pensamentos, minhas palavras, meus hábitos. Mas sem crer que preciso me reinventar.
Hoje foi eleita Dilma, a primeira presidente do Brasil. Em seu primeiro pronunciamento lembrou: “pais e mães, hoje vocês podem olhar nos olhos de suas meninas e falar A MULHER PODE”.
Se a mulher pode governar um país, deveria poder ainda mais conhecer seu corpo e decidir qual é a medida ideal para o seu bem estar.
Vamos assumir esse poder?
Até amanhã