segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Aqui tem gente de sete países!

Hoje, fiquei muito feliz por encontrar aqui leitores de sete países diferentes: Brasil, Estados Unidos, Holanda, Canadá, Rússia, Taiwan e Itália. É muito agradável ter a certeza que o mundo é pequeno, somos todos vizinhos e o que fazemos em qualquer canto do planeta pode afetar positiva ou negativamente o outro lado.

Todos os meses vou a São Paulo, pelo menos uma vez, comprar produtos para minhas lojas. Adoro caminhar pelo bairro do Bom Retiro. Numa mesma calçada seguimos juntos com judeus, mulçumanos de diversos países, coreanos, japoneses, cada vez mais bolivianos e todos nós brasileiros tão diferentes nos costumes e aparência. De uma esquina à outra encontramos sinagoga, mesquita, igreja católica e templos evangélicos. Há uma convivência respeitosa entre todos. Adoro sentar para um café, no intervalo entre uma compra e outra, e contemplar essa paisagem humana.

Não entendo quem diz gostar mais de bichos do que de gente. Trato bem os bichos, mas amo profundamente as pessoas. Aceito de boa vontade os revezes de toda convivência. Gente tem inveja, picardia, disputa e, por isso, todo relacionamento pode abrigar conflito. Na reconstrução de um novo entendimento, desenvolvemos a tolerância, aprofundamos o amor, perdoamos, enfim, entendemos que todos têm limites. Acredito que esse é o famoso crescimento humano, que dizemos valorizar e esperamos dos outros.

Aceitar as diferenças é um princípio de vida, uma meta existencial. Então, fico honrada de ter aqui a presença de pessoas de origens tão diferentes.

Lembrei de um mico daqueles! Quando estive em Roma, com o Fernando, tive um momento divertido. Tomamos um vinho e depois de caminhar um pouco, sentamos diante da Fontana de Trevi. Como sempre, estava lotada. Tinha gente de todo mundo, eu ouvia as conversas em outras línguas como uma boa música. Me senti tão à vontade na diversidade e, com o efeito do vinho, fuso horário, tombei a cabeça, cochilei e ronquei, a ponto do sujeito que estava ao lado me cutucar. No meio daquela confusão, fiquei em casa.

Sinto esse conforto com gente, mesmo sabendo de traições, competições, agressões e mais um sem número de ões. Para tudo isso existe perdão e tolerância.

A única tolerância zero deve ser com a bandidagem. Parabéns à polícia e à população do Rio, estão fazendo o que devem para retirar das mãos dos narcotraficantes o controle da comunidade.

Hoje, preciso da minha e da tolerância dos leitores. Não fui à academia. Não darei essa boa notícia, conforme pretendia ontem.
Mas ainda chego lá! Se posso persistir na escrita, na reflexão e no propósito, no tempo certo farei o que devo para alcançar meu objetivo. Gente é assim. Falha e recomeça!

Até

Nenhum comentário:

Postar um comentário