sexta-feira, 29 de abril de 2011

Hoje faço questão de não escrever o que penso. Prefiro dar vez e voz ao comentário que ontem recebi de uma seguidora anônima.
Um pequeno gesto pode fazer mais do que mil palavras! Esse comentário foi um grande estímulo para persistir em um momento em que ando muito desanimada!
Agradecida! Essa é a palavra mais linda que conheço e só sei usá-la quando estou em um estado especial de entendimento.
Transcrevo o comentário:

Ei Sílvia! Desculpe me passar por anônima nesse momento. Não quero influencia-la.Porém lhe digo, vc não está sozinha nessa batalha.Também estou nessa batalha. Já venci vários desafios na minha vida. Parar de fumar fou um deles.Foi dificílimo de parar até o momento que disse: não nasci fumando e não vou morrer fumando. Assim falando comigo mesma essas palavras e outras desse tipo parei. Já fazem 23 anos que isso aconteceu. Será para sempre. Nós temos uma força interior que não conhecemos. T-O-D-O-S nós! Precisamos sim,usá-la. Hoje estou com 74 quilos e tenho 1,56 de altura. Pode uma coisa dessa? Aonde vou parar? Isso vai mudar...Mudaremos juntas. Revelarei para você meu nome oportunamente. Você é uma velha conhecida e hoje está se tornando minha parceira de uma grande JORNADA! Um beijo e vamos nessa...
Por Anônimo em EMAGRECER É MAIS DO QUE ELIMINAR PESO às 21:58


quinta-feira, 28 de abril de 2011

O culto ao excesso


Passou a Páscoa e eu não me acabei de comer ovos de chocolate. Usei o tempo do feriadão para descansar, terminar de ler e voltar a assistir RAZÃO E SENSIBILIDADE. Na segunda voltei à rotina com muita preguiça. Acho que assim caminhou a humanidade nessa semana, porque depois de 4 dias de folga total o corpo amolece e é difícil retomar o ritmo.
Mas, voltando à festa, tive notícias de pessoas que ganharam 15, 18, 20 ovos de Páscoa... Imaginem o esforço para dar conta de comer ou aguentar as pontas e resistir aos apelos desse excesso presentes. Estamos vivendo tempos de culto ao excesso. Tem tanta oferta de tudo, incluindo aí os ovos de chocolate, que tornou-se normal dar ou receber 20 (ou não sei lá quantos) ovos de chocolate. A intenção é pura e o gesto é aparentemente generoso. Ocorre, que por trás dessa delicadeza funciona a máquina do consumismo. Ela é eficiente e totalmente brutal.
Junto a tanto consumo, estão a multiplicação dos vícios, das compulsões, das obcessões e da... obesidade!
A obesidade está intimamente ligada ao culto ao excesso. Tenho escrito aqui sobre a minha, porém, não descuido de observar que a gordura é um problema social e recente, historicamente falando. É nascida e criada no berço do consumismo desenfreado. Por isso, ela merece ser analisada como um fato sociológico.
Pensando bem,  ela nada mais é do que o próprio excesso de consumo. A pequena porção não satisfaz. Um pedaço não é o bastante. Ao comer mais, estou comprando mais.
Poderíamos dizer que essa grande fome dos obesos é existencial? Na falta do afeto, da profundidade, da reflexão, do entendimento, da amizade, ou de qualquer outro valor, vai comida mesmo? 
A necessidade de pensar, de sentir e de transcender vai sendo confundida com uma necessidade de ter mais? Poderíamos usar esse raciocínio para entender o desejo por mais comida, bebida, droga, sexo, adrenalina, jogo até os objetos. Qual mulher que nunca se aliviou fazendo "comprinhas"?
Lembrei do Renato Russo:

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Assunto comentado, como poderia deixar o conforto desse entendimento iluminar as minhas ações? Ando pensando em voltar ao mundo da simplicidade. Há meses essa palavra vem ganhando encantos para mim.

Um ovo de Páscoa para toda a família
Refeições humildes no dia a dia, comida diferente, só no domingo
Andar a pé, de mãos dadas, para divertir
Ler, cheia de paixão, o romance de 200 anos que ainda faz chorar

Acho que a minha infância tão humilde teve mais lições do bem do que as loucuras eletrizantes e sensações espetaculares ultraradiantes do mundo atual. Estou de volta para a leveza desse tempo. Quer vir comigo?
 "O pensamento, é que me trás o livramento, o queme deixa positivo, e me faz bem ao coração"
Peço licença para repetir o meu ídolo Toni Garrido para endereçar esse convite.
Até!



terça-feira, 19 de abril de 2011

MEDIDA CERTA

Muitas pessoas querem emagrecer para voltar a comer. Eu não! Quero emagrecer para voltar a confiar em mim. Esse é o meu motivo e meu estímulo. Quero estar diante do prato mais gostoso ou mais calórico do mundo e comer uma pequena porção. Sentir todo o sabor, guardar na alma aquela boa impressão. Só!
Luto para que a comida não engula a minha vontade. Por isso escrevo, penso, faço muitas perguntas.
Não faz sentido emagrecer e querer como recompensa a comida. 
Sonho ter muita mobilidade. Viajar sem ficar apertada na cadeira do avião. Andar sem dores nos pés ou joelhos. Subir e descer escadas, dançar, nadar, tudo com muito mais conforto do que tenho atualmente.
No meu esquema alimentar tenho comido de tudo. Se tenho uma pizza pela frente, como uma fatia e dou uma volta para desistir da segunda. Como devagar, contando causos, então ous outros terminam antes de mim e quando estão repetindo eu ainda estou servida.
Penso que se eu emagrecer para poder comer uma pizza inteira sem culpa, eu terei continuado absolutamente gorda na minha forma de pensar. 
Voltando à confiança, cada vez que faço uma troca, fico mais feliz. Ontem, senti fome à noite e um leite quente com uns biscoitinhos começaram a dançar nos meus pensamentos. Estou com o propósito de não comer após as 21h, porque esse mal hábito ainda atrasa o meu emagrecimento. Então, eu tentava assistir ao CQC (TV Bandeirantes) em paz e eles acenavam para mim como se fossem a delícia das delícias. Fui à cozinha e troquei tudo por um chá com adoçante. Dei um tchauzinho de madame, pro pacote de biscoito, voltei para a televisão e hoje acordei me sentindo elegantérrima. Uma pessoa capaz de fazer trocas inteligentes. Deixar de ter um prazer hoje para uma conquista amanhã. Acho que essa frase indica com perfeição qual é a minha busca.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um pouquinho menos

Comecei a semana subindo na balança antes de seguir para a academia. Estava cheia de culpa por ter comido mais do que precisava para ser feliz no fim de semana. Um pouco de ironia é melhor do que muita raiva, né? Mas, tive o perdão e fiquei surpresa ao ver que estou com 800 gr menos do que na última pesagem.
Pois é, as surpresas boas existem. Então, "peraí", por que fico sempre apreensiva quando vou pesar? Isso não combina com meu empenho e nem com a minha proposta. Afinal, resolvi ficar de bem comigo e não é por dar uma escapulida do plano alimentar que devo disparar os alarmes e acordar o medo e a culpa.
Ter um peso proporcional à altura e sentir-me bem com o meu corpo significa desde já viver em paz com a comida. Se comi mais um pouco hoje, amanhã dou uma maneirada. De toda maneira, o comer mais da atualidade é muitíssimo menos do que eu comia há dois meses.
O bacana dessa história toda é que estou recuperando dois sentidos: o olfato e o paladar. Antes de morder, estou apreciando os cheiros. Esse intervalo curtíssimo é poderoso, porque o ar entra e a compulsão sai. Então vou experimentando porções menores. Foi desse jeito que um pão de queijo, sempre insuficiente para saciar minha vontade, (veja que escrevi vontade e não fome) ficou grande no último sábado. Estava uma delícia!
É claro que não tenho sido essa boa moça diante de todos os alimentos. Ah! O amendoim continua ganhando de mim. 10 a 0 para ele. E a cerveja então?
Mas, aqui estou. Fiel e comprometida, fazendo todo o necessário para emagrecer. Toda semana tem uma segunda-feira pra gente recomeçar.
Até!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

NEM TUDO SÃO FLORES

Algumas vezes tenho a impressão que o meu corpo trabalha contra o emagrecimento. É preciso ter muita força e empenho para continuar empenhada nesse projeto. Estou precisando de consolo e alternativas pois meu joelho esquerdo desanimou e não está querendo continuar a academia. Desde a última segunda sinto dores e depois de muito tempo ficando em pé começo a mancar.
Estou com medo. Sei que o movimento está sendo fundamental para me estimular.
Hoje pesei novamente. Mantido o número da semana passada. É um pouco frustrante porque imaginei que o ponteiro abaixaria. Porém, se não aumentou, estou no lucro.
Tenho momentos de irritação intensa. Noutros, fico desanimada. Quando recobro a consciência e fico dona da casa, dos meus pensamentos, entendo que é preciso ter paciência e deixar o tempo colaborar no ritmo dele. Estou persistindo e isso é uma virtude. Sempre fui muito entusiasmada para começar a fazer coisas novas. Agora, com o blog e o plano de emagrecimento estou aprendendo dar continuidade, a entender o valor do meio do caminho.
Escutei muitas vezes que para mim "era 8 ou 80". Eu concondo. Sou intensa para gostar e para fazer. Começo a descobrir o valor do 30, do 40 e do 50. Acho que isso se chama moderação. Seguir um plano alimentar depende muito de diplomacia, de negociação com o estômago e com o desejo. Então, continuo repetindo o meu mantra: emagrecer é muito mais do que eliminar kilos.
Um corpo diferente, despido da gordura, precisa de um ambiente que lhe dê sustentação. É preciso colocar-me a trabalho para criar as condições (ou seriam permissões?) mentais para acolher um novo jeito de ser e me ver bem, sem os excessos.
Não estou disposta a trocar a compulsão por comida por qualquer outro tipo de compulsão. Julgo que não está em melhor estado quem joga, bebe, fala, arrisca-se ou compra de maneira descontrolada. Estou em busca de viver em paz com meu corpo, meu tempo e minhas posses. Minha meta é emagrecer mais 17kg. Ficarei acima do chamado peso ideal para a minha altura. Porém, acho que essa é uma meta real, possível de ser realizada e mantida nos próximos anos.
Para terminar, queria contar que acabei de ler "ORGULHO E PRECONCEITO"  de Jane Austen, a autora lida pelas personagens do filme "CLUBE DE LEITURA", assunto do meu último post. Adorei a história, romantismo puro, transporte para um tempo pausado, manso, de cartas escritas diariamente e de diálogos longos. Comparei com o nosso tempo e fui lembrando do twiter - 144 caracteres para contar sua história. As mulheres viviam sob exigências sociais muito rígidas, porém, sem tantas expectativas como na atualidade. Ninguém precisava ser multifuncional para amar e ser amado. Precisamos pensar se as trocas valeram. Afinal, nesses tempos de independência, nem tudo são flores.
Até amanhã!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CLUBE DE LEITURA

Se você ama ter bons amigos, por favor assista - Clube de Leitura de Jane Austen. O nome é grande assim mesmo. Vi hoje à tarde, rodeada de pipoca e tomando um bom café. Terminei com lágrimas de encantamento, daquelas que nascem quando vejo coisas simples e bonitas.
Senti saudades das minhas amigas por perto...
A história me mobilizou como o Julia and Julie, aquele filme que vi e imediatamente decidi que iria seguir o caminho da protagonista e também começaria a escrever. Agora, estou decidida a tentar formar um grupo de leitura, parecido com o do filme.
Os filmes que comento aqui são antigos. Vou à locadora, escolho 20 e posso passar o mês com eles. Não tenho que devolver em dois dias como no caso dos lançamentos. Esse prazo alongado me permite rever os que gosto mais, insistir naqueles que não entendo no primeiro contato. Essa liberdade me agrada muito. Acho chique ver o que gosto e não o que está na moda.
Voltando à história, um grupo de amigas começa a se reunir para ler e conversar sobre a obra de Jane Austen. No período em que elas se encontram, é claro que a vida e seus dramas continuam. O clube torna-se um ninho, acolhe e aquece o coração de cada membro, na medida em que necessita. Assim, os laços afetivos se fortalecem e no fim eles se sentem fortes o bastante para acolher novos amigos.
Simples assim, mas também sensível, agradável, sem exigências. Uma dose de delicadeza na minha tarde. Estou relaxada e pronta para seguir minha viagem.
Antes de despedir, conto que terminei a semana fiel à academia e valeu à pena. Cada dia que vou é um fio que acrescento à corda da minha auto-confiança. Fui disciplinada hoje, então poderei ser amanhã também.
Até!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

EMAGRECER É MAIS DO QUE ELIMINAR PESO

Há alguns meses entendi que emagrecer não seria apenas eliminar kilos. O ato de escrever permitiu-me pensar sobre minhas atitudes. Com um pouco de coragem, fui buscando os motivos que me fazem desrespeitar os limites do meu corpo e comer além (muito além) do necessário para viver bem.
Daí, estabeleci que emagrecer seria a revisão e a reconstrução de muitos valores. Quero emagrecer e permanecer com o peso que eu achar bacana. Um dos traumas que me fazia adiar o início de um tratamento era justamente o medo de voltar a engordar. Agora, tenho a segurança que estou queimando gordura e desenvolvendo ações de sustentação. Surgiu um novo jeito de ver, de tratar, de me entender com o meu corpo.
O meu excesso de peso, significa um desacordo com muitas coisas. Os maus hábitos alimentares são apenas uma parte do meu desafio. Há muitos outros a serem trabalhados. É um caminho lento e às vezes incômodo. Estou sempre questionando minhas ações e tentando encontrar as suas motivações. Não saberei de tudo. Jamais terei o comando consciente de tudo. Mas o exercício tem garantido algumas vitórias importantes e gostaria de partilhá-las com vocês.

Primeiro: Para emagrecer preciso ter paciência e deixar o tempo fazer o seu trabalho. Sempre quis tudo para ontem. Esperar é um verbo que recuso conjugar... Mas, para realizar meu objetivo estou tendo que desenvolver essa virtude.

Segundo: Para emagrecer preciso calar e escutar. Sempre fui partidária da eloquência. Não tinha o aquietamento interno para escutar. Até gosto muito das histórias dos outros. Mas, uma energia excessiva me dominava (ainda domina, estou na transição) e os meus ruídos sufocavam a voz do outro. Mas, o outro também é o meu corpo. Andava tão afastada dele! Enquanto escrevia um post, em meados de dezembro - http://silviaesilvia.blogspot.com/2010/12/liberdade-ou-indisciplina.html -  tive uma intuição transformadora. Entendi que meu corpo pedia o bom sono, exercício e horário para comer. Estava tão ligada ao trabalho e às atividades de natureza mais intelectual, que desprezei essas necessidades mais básicas. Qualidade de vida era um estudo teórico, algo a ser conquistado com muito empenho. Hoje, sinto a qualidade da minha vida quando lembro que é hora de provar uma fruta. Quando dou o melhor de mim na academia e chego em casa cansada, suada e energizada. Quando deito às 22h e durmo tão satisfatoriamente que acordo sem despertador.

Terceiro: Para emagrecer preciso renunciar ao gosto de ficar voando no planejamento ou na saudade. Preciso agir no presente, entregar-me com amor ao hoje, fazendo o que deve ser feito. Lembra da história de adiar a dieta para a segunda? Essa peça não cola.

Quarto: Para emagrecer, tenho que ser tolerante. Quase todos os dias tomo um escorregão. Perdôo e retomo meu plano. Ser muito exigente não funciona. É preferível emagrecer pouquinho e seguir em frente do que desistir.

São reflexões bem desafiadoras, mas quando fecho os olhos, respiro e vejo meu coração eu sinto uma verdade profunda no que estou fazendo. Essa sensação da verdade é suficientemente forte para me ajudar ir adiante.
Até amanhã!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

MENOS DOIS

Todo o empenho começa a transformar-se em resultado. Hoje pesei e fiquei muito feliz ao ver que eliminei dois kilos. Do começo até hoje foram-se oito kilos.
Junto com essa gordura foi-se a fome inexplicada. Foi-se a preguiça. Foi-se a descrença.
Repito que esperava ter emagrecido mais em seis meses...
Mas, a certeza de não voltar a engordar compensa o ritmo mais lento.
Até! 

domingo, 3 de abril de 2011

Que venha a segunda feira

Abandonei a dieta no fim de semana, sem nenhuma culpa. Acho necessário dar uma flexibilizada para continuar tendo o sucesso no meu plano.