terça-feira, 31 de maio de 2011

FELICIDADE É QUESTÃO DE SER

Ouvi uma música que diz assim: "felicidade é só questão de ser". Essa letra é do Marcelo Jeneci e Chico César. Vale à pena baixar e conferir. Felicidade é o nome da música mas é também o estado que a gente fica depois de ouvi-la.
http://www.youtube.com/watch?v=4PSqwdUo_sc
Acho que eu e bem mais da metade da humanidade desacreditamos que ser é o bastante, que existir é a própria felicidade. Investimos nosso tempo e esforço no fazer para assim conquistarmos a fatia da torta do bem estar. Compulsivamente fazemos coisas: planos, trabalhos, compras, escritos, fotos, telefonemas, leituras... Contraditoriamente, ficamos insatisfeitos porque a busca insistente desgasta e queixamos da falta da paz.
Então, para ser feliz bastaria ser. Simples, não?
Até aqui as coisas parecem fazer algum sentido, mas, sempre tem o mas.
Hoje pela manhã eu comecei a escrever um post inspirada na questão: por que é tão difícil ser leve? Não consegui terminá-lo. Assim, tento costurar as idéias que foram passando ao longo do dia. Vamos ver se construirei algo ou se faltarão emendas.
Estou tão consciente dos meus motivos para emagrecer e dos benefícios que terei ao me desfazer do excesso. Ainda assim, depois de um curto período de férias estou tendo muitas recaídas e demorando a ter ritmo que me permitiu sentir-me bem, dando sequência ao meu projeto.
Gosto daquelas imagens de filme ou de novela em que o personagem joga as malas fora para simbolizar o ato de estar se desfazendo daquilo que não é mais o seu desejo.
Acho que a música do Jeneci também fala dessa imagem. Ser feliz é só ser - não tem que pagar tributo e nem comprar ingresso, não tem que pedir autorização, só tem que ser. Não tem que carregar o peso que você não quer.
Emagrecer é para mim o ato de jogar fora um jeito de viver e de fazer as coisas que não me realiza mais. É deixar a música do Jeneci tocar na minha rádio. Mas, acho que para desfazer do peso tenho que jogar fora outras bagagens que parecem estar mais amarradas a mim do que a própria gordura.
O bom dessa história nesse momento é a minha falta de pudor ou de temor para saber que devo abandonar tanto as cargas emocionais quanto as físicas. O ruim da história nesse momento é estar tão incomodada com essas questões e não poder apenas "dançar na chuva, quando a chuva chegar" como recomenda a música para ser feliz.
Até amanhã!


domingo, 29 de maio de 2011

FORÇA PARA CONTINUAR

Acho que vou fazer um cartaz bem grande e pendurar no peito:

PRECISA-SE DE FORÇA PARA CONTINUAR

Estou completamente desorganizada, sem seguir o meu plano alimentar. Esse fim de semana senti medo e pela primeira vez imaginei como seria horrível desistir do meu projeto.
Os dois kilos a mais depois das férias estão pesando muito mais no meu ânimo do que poderia imaginar.
Ontem e hoje fiz tudo absolutamente contrário ao que deveria. É claro que estou pensando que amanhã é segunda e tenho a chance de recomeçar. Mas, também estou pensando que estou sabotando o meu esforço e por isso tenho medo de não conseguir recomeçar.
Por que é tão difícil abrir mão do excesso?
Vou ficar quietinha e responder a essa pergunta. Em diversos momentos eu voltei ao meu velho amigo diário e consegui colocar o carro nos trilhos.
Até amanhã!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Que saudade danada

Desde a criação do blog, nunca fiquei tanto tempo sem postar. Senti uma saudade danada. Esse hábito se incorporou à minha rotina e deixar de fazê-lo me deixou muito aflita nos últimos dias. Tive um problema com o navegador e não consegui fazer login. Só hoje entendi que poderia usar um outro navegador (estou no mozila, o meu salvador!). Muito elementar, não é? Mas apesar de ter um blog, usar a internet para muitas atividades, ainda dou umas escorregadas dessas. Que vergonha!
Precisava desabafar! Cheguei de viagem com doisssssssssssssssss kilos a mais. Será que sol engorda? Gostaria de ser cínica assim em alguns casos. Mas minha moral e costumes de boa moça indicam que devo assumir: Comi muita tapioca, castanha, peixe frito e cerveja. Pior do que isso, voltei de viagem na quinta passada e só hoje estou dando conta de seguir meu plano de alimentar de 3 em 3 horas, sem abusar do arrozinho com feijão de casa que eu estava com muita saudade.
Fiz uma viagem muito bacana e na hora certa. Lá pude perceber como estava cansada. Acho que um bom parâmetro para avaliar isso é que, ao voltar, comecei a achar tão simples as coisas que estavam me perturbando muito antes de dar essa parada. Eu costumo agir assim mesmo. Quando estou muito cansada confundo as coisas e vejo as dificuldades maiores do que elas são.
Voltei para a academia com muito ânimo, porque nesse tempo longe da rotina senti, mais do que nunca na vida, o desejo de emagrecer. Mais do que desejo, eu senti a possibilidade. Vi que esse projeto é viável e sou merecedora dessa conquista. Senti-me pronta para eliminar o excesso.
Parece contraditório depois de ter engordado, mas, entendi que quem não tem problema com a obesidade convive com essas oscilações. São raras as pessoas que matém o peso completamente estável. Nas férias sempre terei permissão para provar os novos sabores. O importante é voltar para o esquema alimentar e não continuar engordando depois do descanso.
Descobri mais motivos para continuar emagrecendo. Movimentar sem dores e sem restrições é o que me mobiliza. Para mergulhar, andar de bugue, subir dunas e outras aventuras mais é preciso um corpo mais enxuto e ágil.
Assim volto ao meu queridíssimo blog. Com uma mistura de muita vontade e paz no coração. Acho que é a mistura ideal para quem tem um projeto que é para o resto da vida.
Até amanhã!


sábado, 14 de maio de 2011

Porto de Galinhas

Estou de férias!
Praia é tudo de bom. O melhor descanso para mim.
Porém, muito difícil seguir um plano alimentar por aqui. Café da manhã de hotel é capaz de destruir toda a minha força de vontade. Comidinhas e bebidinhas ofertadas o todo tempo e em todos os lugares complica um pouco mais a situação. Para derrubar de vez a minha boa intenção de comer bem, tem uma situação local que está afogando os meus novos e bons hábitos. É que para poder usar guarda-sol e cadeira à beira mar, existe uma consumação mínima nas barracas de praia. Mais ou menos assim: tenho que comer e beber para ter o conforto e a proteção contra o sol. Cardápio: absolutamente tudo frito.
O recurso é não ficar sofrendo mais do que o necessário e tentar compensar os excessos nadando.
Até!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Conferindo o peso

Pesei pela manhã e decidi, a partir de hoje compartilhar como está sendo meu emagrecimento.

Março de 2010 -  118,5Kg
Tive um susto absurdo. Fui consultar uma endocrinologista acreditando estar muito abaixo do que a balança denunciou. De cara a médica pediu exames e receitou sibutramina, já prevendo que se não tivesse resultado, indicaria a cirurgia.

Maio de 2010 - 118Kg
Consultei um cirurgião e iniciei procedimentos para fazer a redução de estômago. Pesquisei, conversei com quem fez e decidi não fazer.

Junho - Julho - Agosto
Sem perspectivas e sem alteração no peso.

Setembro de 2010
Conheci o que era um blog e criei o meu. Apareceu uma perspectiva. Escrever me animou e senti que poderia ser um bom caminho.

Dezembro de 2010 - 113Kg
Muito animador. Comecei a seguir um plano alimentar e quem segue o blog conhece a história.

Janeiro de 2011 - 115Kg - Avaliação na academia
Entendi que precisava focar mais. Abri mão de muitos objetivos paralelos. Passei a escrever só sobre emagrecimento, dedicando minha atenção para a minha escolha.

Abril de 2011 - 109Kg - Avaliação na academia
Fazer atividade física foi o melhor jeito de fazer as pazes com meu corpo. Os resultados começaram a aparecer mais rapidamente porque redescobri o gosto por me mexer.

Maio de 2011 - 108Kg
Eliminei 10Kg sem nenhuma atitude radical.

Minha meta é chegar a 93Kg, permanecer nesse peso por algum tempo e depois dar uma nova arrancada para chegar aos 79Kg.

Perdi o pudor de revelar meu peso porque ao pensar sobre obesidade e tudo que rodeia o assunto, descobri que o desagradável da história não é  quanto eu peso. O meu grande incômodo é o jeito que me comporto diante da comida. Meu sofrimento (a palavra é essa mesmo, sem pieguice nenhuma) é ser devorada pela comida. Meu pudor é ver meu sonho de leveza, mobilidade, minha expectativa de equilíbrio ser frustrada por minha própria atitude diante da comida.
Mas, ao realizar tantas mudanças, ganhei a confiança de saber que hoje tenho 108, mas amanhã terei 93 e depois 79. Não importa mais a hora de falar sobre isso. Importa persistir na reflexão, no compartilhamento, no apaziguamento e o excesso de peso continuará se desfazendo. Estou bem hoje com o que tenho como estarei quando atingir o meu objetivo. Estou mudando profundamente a minha visão do meu corpo e agindo, cada vez mais, com gentileza com a comida. Ela está retribuindo. Já não quer me devorar.
Não estou de dieta. Estou em processo de reavaliação dos meus valores. O tempo de espera é bom e necessário para eu aprender a ser paciente.
Até o fim dessa jornada, temos muito a conversar.
Até amanhã, postando de Porto de Galinhas, no Recife.


Hora de despedir da dor

"Tudo na vida é passageiro, menos o trocador e o motorista"
Filosofia de boteco para começar o post de hoje. Acho que todo mundo já escutou a piadinha, né? Desculpem-me a repetição, mas considero uma pérola da sabedoria popular. Especialmente nesse momento preciso dar tchau para umas idéias (ou seriam valores?) que cultuei durante toda minha vida. Mas, estou apegada. O tal medo da mudança é, de fato, real. Precisei do encorajamento da piada.
As preocupações, um certo ar de tristeza ou de tensão e uma sensibilidade exagerada são características que me identificam. Elas me explicam, me apresentam e agora descobri que preciso me despedir delas porque tornaram-se peças obsoletas no meu armário. Mas, estou em dúvida. Quero deixar passar, mas tenho medo de não me reconhecer sem essas imagens.
Acho que esse papo está meio chato e confuso. Mas é absolutamente necessário. Tenho o desejo de, ao final, conseguir falar com mais clareza, mas, por enquanto, preciso dos rodeios para amenizar essa sensação de coração apertado.

Aprendi que preocupar, antecipar-se aos problemas, na vã expectativa de evitá-los, é sinal de amor. Nada feito! Preocupação é só preocupação. Os problemas sempre existirão, independentemente da minha infantil tentativa de adivinhá-los ou evitá-los.
Tristeza não é charme, não é atenção ao sentimento dos outros e não é meio de atrair a atenção de ninguém!
Por último, sofrer demais pelos próprios desafios e pelos dos outros é perder a oportunidade de rir mais e espalhar alegria pelo mundo. Essa sim, é a força revolucionária! Pode chegar e impor uma nova ordem.

Ter consciência nem sempre é ter a chave para abrir a porta do caminho desejado. Mas, estou aqui, pronta a encarar cada um dos incômodos e cada um dos motivos que tive para comer além da conta.
Estou a um passo de tratar a comida apenas como comida. Já sei que ela não é bálsamo para marcas da alma, sei que não é a alegria das comemorações, sei que não é o meio para extravasar, não é o jeito de falar de afeto.
Estou na porta, pronta para despedir das dores desnecessárias, aquelas que só existem porque aprendemos a ver nelas algum colorido pro nosso álbum de desenhos. Só falta abanar a mão com energia e gritar tchau!
Afinal, se tudo na vida é passageiro, por que nossos aprendizados também não podem ser? Tudo que vem de berço deve ser visto como tão sagrado? Por que perpetuar idéias que não colaboram com as novas expectativas de bem estar?
Então, está decidido! TCHAU!

Para vocês, meus queridos amigos, é só um até amanhã!


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Viajando com a bagagem menor

Meu coração está acelerado. Sinto-me como uma criança, afinal, vou viajar! Vou sair de férias! A praia me espera. Toda a rotina ficará trancada e vou buscar as minhas novidades.
Para começar, férias, para mim, significam pé na areia, cheiro de mar e ficar de dedo enrugado de tanto tempo dentro da água.
Minha bagagem está menor, levo 1kg menos de gordura. Foram-se 10 kg!
Mas, a consciência está pesada, porque além de comer muito no domingo, festa do dia das mães, hoje não resisti e ataquei os restos. Eu chamo isso de complexo de lixeira. Eu costumo perder o controle e comer os restos das festas. Se tudo fosse para o lixo depois que terminassem as comemorações, minha vida seria bem mais simples. Sinto pena de dispensar as sobras, então, devoro-as. É um jeito pouco racional de jogar fora, do mesmo jeito.
Suspendi a ida à academia nesse mês, porque fiz uma viagem mais curta na primeira semana e agora vou me afastar por 12 dias. Está fazendo uma falta danada ter o horário certo de malhar. Tudo aquilo posso fazer a qualquer hora, eu nunca faço. Dessa forma, em nove dias, fiz UMA caminhada.
Entre deslizes, escorregões, tombos, persisto na vontade de percorrer o caminho. Levanto, ando um pouquinho, volto à rotina, deslizo novamente... Em nenhum momento pensei em parar. Essa é uma constatação animadora. Foi-se todo o medo de não dar certo, de não chegar ao fim. Estou certa que emagrecerei o necessário para sentir-me ágil. Assim, vou adiante.
Até amanhã!