terça-feira, 21 de setembro de 2010

20/09/2010 ESCOLHAS

Depois que comecei a escrever aqui estou mais atenta aos acontecimentos à minha volta. Tenho a impressão que tudo pode ser matéria prima para um texto. Estou achando muito divertido esse entusiasmo de iniciante. Hoje vibrei quando li os primeiros comentários. Meu desejo vai tomando forma, o blog começa a ser um espaço de interlocução.
Quando me aquieto para escrever é um dilema optar por um assunto. Começo duas, três, cinco, dez vezes, apago tudo. Depois de construidas as frases iniciais parece que entro em um estado psicológico diferente e simplesmente vou digitando. Faço revisões, releio, tento melhorar, mudo palavras, enfim, procuro dar uma forma mais agradável. Mas, vencida a etapa de escolha do tema, começa uma fluidez, a censura fica mais branda e o restante acontece.

Escolher é para mim o verbo mais difícil de ser conjugado. Entre sal e doce, frio ou quente, quero todos. De preferência bem dosados e com pitadas de azedo e amargo para dar "aquele" charme.

Penso que isso pode explicar, ainda que em parte, a minha obesidade.
Pensando um pouquinho melhor, se recuso a fazer escolhas é porque talvez eu veja só o lado desagradável da história: a perda. Mas toda vez que escolho, também estou tendo ganhos: exercito minha liberdade; deixo para trás a ansiedade de ter que escolher e, principalmente, fico com alternativa que me trará melhor benefício.  Então, por que será que não gosto de escolher? Essa história se repete: Pilates ou musculação? Começo na segunda ou na quinta? Antes ou depois da viagem? Dieta ortodoxa ou alternativa? Médico ou nutricionista?
Penso agora que ao me envolver nessas dúvidas vou adiando a ação. Sendo assim estou escolhendo continuar obesa, tendo todos os benefícios que essa opção me oferece. Não sei nomear quais são, mas sei que existem, senão já teria feito outro caminho. Aprofundando um pouco mais, o ato de não optar é a opção pelo adiamento da ação.

A sabedoria hindu diz que somos condenados a fazer escolhas. Vejo como uma verdade. Porém, um princípio que fica restrito ao pensamento, sem irrigar minhas ações.

Bom, para amenizar um pouco, vou contar que sou duplamente libriana, nasci em 30 de setembro de 1968, lá em São Pedro dos Ferros - MG. Quem não acreditar que meu ascendente também é libra pode ir lá no
 http://www.astrologiareal.com.br/ e constatar como os astros conspiraram para fazer de mim uma cultuadora da dúvida. Aproveite e faça lá o seu mapa astral. É bacana e de graça. Depois você pode tirar uma onda de astrólogo com seus amigos, vai fazer sucesso. Isso sempre ajuda nas festinhas com gente chata, quando você começa demonstrar seus conhecimentos esotéricos, todos se calam para te ouvir e então é a oportunidade certa de ser o pop.

Acho que escolhi brincar porque o assunto me deixou sem escolha, rsrsrsrrsrs.

Até!

2 comentários:

  1. Tia, cada dia seus textos estão mais envolventes e interessantes... Deveria ter descuberto o dom antes...
    Beijos e sucesso
    Mari

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  2. "cada escolha uma renúncia - isto é a vida!..."
    (Charlei Brown) não sei se é assim q escreve o nome da banda, mas acho estes versos muito verdadeiros.
    A cada ação, ou falta de ação, já estamos fazendo uma escolha para nossa vida.

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