sábado, 8 de janeiro de 2011

DIZEM QUE NÃO EXISTE ACASO

Dizem por aí que não existe acaso. Recuso essa idéia. Acho que quem une as pontas das experiências é cada um de nós. Não acredito que exista algum ser superior criando ligações entre os fatos para nos mostrar que "não existem coincidências" estimulando assim o nosso desenvolvimento.
Quando acredito que uma coisa que me aconteceu está associada a uma outra, essa costura é minha. Escolho como e porque juntá-las. Desdobrando um pouco mais o assunto, sou contra a idéia que sofrimento trás crescimento ou que chorar faz bem.
Gosto mais da idéia de Quincas Berro D'água: "Tristeza não paga dívida". Assisti o filme essa semana e me diverti muito. Veja, só se você estiver disposto a ouvir uma fileira de palavões, se curtir boemia e se gostar da Bahia sem ser a do axé music.
Vou começar a fazer a minha costura...
Hoje, me senti profundamente irritada. Um arco-íris de sensações apareceu no meu céu depois da primeira raiva. Tive vontade de brigar, chingar e dizer "verdades" a quem provocou o meu mal estar. Por fim chorei. Pela primeira vez na vida chorei de raiva.
Não cresci nada com esse sofrimento...Comecei a evoluir quando abri mão dele. Passada a tempestade emocional, a luz surgiu. Deixei nas mãos da pessoa que foi desleal comigo a sua própria deslealdade. Entendi que o "presente" que ela pode oferecer ao mundo é esse. Eu gostaria de oferecer outros, diferentes da raiva ou irritação.
Trocando em miúdos, decidi que uma pessoa desleal não seria merecedora do meu tempo, sempre raro e precioso. Minha atenção e afeto é o meu presente para as de bem. 
Entendo que evolui quando deixei de lado a agitação causada pelas emoções negativas. Desse ponto em diante tentei uma forma nova de lidar com os problemas antigos. No meu glossário isso é uma tentativa de crescimento.

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