Custo acreditar que hoje é sexta-feira e estou doida para reclamar: ai, o tempo... Não vou fazer isso. Desde que me propus a emagrecer, revendo meus valores e meus hábitos, me propus também a deixar de lado a reclamação.
O tempo não passou não passou mais depressa, eu fiz escolhas ao longo da semana que me distanciaram dos meus objetivos principais, então, como poderia acontecer, estou com a sensação que não senti a semana passar.
Escolhi dedicar-me integralmente a minha filha ao longo dessa semana. Não estou acostumada a isso. Aqui em casa somos muito amorosos, mas muito independentes também. Não tive fase de levar e buscar na escola, deixar no inglês, levar pro balé... Há um combinado antigo por aqui: eu e o pai trabalhamos e as filhas cumprem as obrigações da escola sozinhas, se precisarem, pedem ajuda e o tempo que sobra para nós quatro juntos, de forma geral, é divertido e afetuoso. Ficamos felizes juntos. É até meio careta para os padrões de relacionamento familiar modernos, mas já entendemos e assumimos que somos antigos em diversas escolhas.
Voltando ao tempo, minha filha precisou de atenção além do combinado e continua precisando. Escolhi converter o meu tempo em atenção a ela. Confesso abertamente que não tenho boa vontade com essa escolha. Não acho que mãe deva se doar totalmente a um filho. Mãe tem que viver, como qualquer ser social. Precisa de amor de família e de independência, realização social, amigos, enfim, esse é um princípio que adotei e acho que deu certo a considerar a forma como minhas filhas se comportam e como eu e meu marido conseguimos melhorar, a cada ano, a qualidade do nosso relacionamento.
Mas, essa semana resolvi ser mãe em horário integral. Levar e buscar, fazer dever junto, estudar, olha que aprendi muito sobre geopolítica. Nas horas vagas fiz coisas bem...não sei definir como ficar olhando vitrines, visitar feiras e encaixei um pouco de trabalho nessa história. Bem menos do que costumo fazer.
Toda experiência tem seu preço e seu ganho. Descobri que A D O RO meu trabalho. Senti falta da rotina meio amalucada do comércio. O segundo ganho foi uma sensação de bem estar de ter feito o melhor que poderia para ajudar minha filha. Ontem, antes de dormir, estava cansada mas também tranquila.
Poucas vezes falei por aqui de tranquilidade. Esse é um estado raro para mim.
Conclusão dessa história toda: o ato de ter que esperar, de não poder definir o tempo e a forma como as coisas deveriam acontecer, me trouxe um ganho secundário - o afastamento da ansiedade. Ficar sem ansiedade é uma possibilidade. Óbvio para todo mundo? Não para mim. Passo a maior parte do tempo agindo e acreditando que tenho muito mais a fazer e que não posso parar, que os deveres estão se acumulando. Felizmente descobri que existe movimento sem adrenalina.
Uma escolha e muitos ganhos. Comecei falando de frustração e termino contando o que ganhei ao aceitar os limites.
Segui mais ou menos o plano alimentar e estou um pouquinho menor - na viradinha para 107- mas não tive esse presente hoje. Virá amanhã.
Até!
O tempo não passou não passou mais depressa, eu fiz escolhas ao longo da semana que me distanciaram dos meus objetivos principais, então, como poderia acontecer, estou com a sensação que não senti a semana passar.
Escolhi dedicar-me integralmente a minha filha ao longo dessa semana. Não estou acostumada a isso. Aqui em casa somos muito amorosos, mas muito independentes também. Não tive fase de levar e buscar na escola, deixar no inglês, levar pro balé... Há um combinado antigo por aqui: eu e o pai trabalhamos e as filhas cumprem as obrigações da escola sozinhas, se precisarem, pedem ajuda e o tempo que sobra para nós quatro juntos, de forma geral, é divertido e afetuoso. Ficamos felizes juntos. É até meio careta para os padrões de relacionamento familiar modernos, mas já entendemos e assumimos que somos antigos em diversas escolhas.
Voltando ao tempo, minha filha precisou de atenção além do combinado e continua precisando. Escolhi converter o meu tempo em atenção a ela. Confesso abertamente que não tenho boa vontade com essa escolha. Não acho que mãe deva se doar totalmente a um filho. Mãe tem que viver, como qualquer ser social. Precisa de amor de família e de independência, realização social, amigos, enfim, esse é um princípio que adotei e acho que deu certo a considerar a forma como minhas filhas se comportam e como eu e meu marido conseguimos melhorar, a cada ano, a qualidade do nosso relacionamento.
Mas, essa semana resolvi ser mãe em horário integral. Levar e buscar, fazer dever junto, estudar, olha que aprendi muito sobre geopolítica. Nas horas vagas fiz coisas bem...não sei definir como ficar olhando vitrines, visitar feiras e encaixei um pouco de trabalho nessa história. Bem menos do que costumo fazer.
Toda experiência tem seu preço e seu ganho. Descobri que A D O RO meu trabalho. Senti falta da rotina meio amalucada do comércio. O segundo ganho foi uma sensação de bem estar de ter feito o melhor que poderia para ajudar minha filha. Ontem, antes de dormir, estava cansada mas também tranquila.
Poucas vezes falei por aqui de tranquilidade. Esse é um estado raro para mim.
Conclusão dessa história toda: o ato de ter que esperar, de não poder definir o tempo e a forma como as coisas deveriam acontecer, me trouxe um ganho secundário - o afastamento da ansiedade. Ficar sem ansiedade é uma possibilidade. Óbvio para todo mundo? Não para mim. Passo a maior parte do tempo agindo e acreditando que tenho muito mais a fazer e que não posso parar, que os deveres estão se acumulando. Felizmente descobri que existe movimento sem adrenalina.
Uma escolha e muitos ganhos. Comecei falando de frustração e termino contando o que ganhei ao aceitar os limites.
Segui mais ou menos o plano alimentar e estou um pouquinho menor - na viradinha para 107- mas não tive esse presente hoje. Virá amanhã.
Até!
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